Eu sei que existem pedaços de vida que não voltam mais, e não tem formas que possam fazer com que consertem esses pedaços. Sei e não me iludo de maneira nenhuma, embora eu tente desesperadamente, que existem também coisas que eu gostaria de falar, mas não tem quem queira escutar, pois são bobagens que não comovem a ninguém.
Tantas e tantas coisas eu tenho no meu coração, e as vezes eu só queria que alguém parece e perguntasse, como me sinto, ou o por que tudo isso é tão difícil, queria conversar sobre as coisas, queria poder falar de meus sentimentos sem medo, mas eu ando muito medrosa, não quero incomodar, não quero piorar humores, não quero falar de meus sentimentos infantis, pois a cada dia que passa, percebo que a minha singularidade me machuca de mais, e destroi coisas que antes eram tão boas.
Acredito que aqui posso comentar essas coisas, chorar, desabafar, mas nada paga um abraço e um olhar sincero de compreensão, as vezes me sinto participando de um monologo, e sabe lá Deus aonde está o pensamento das pessoas. E quando paro de falar, percebo que a importância foi tão pouca que as pessoas nem percebem que morreu o assunto, mas eu percebo, eu entendo, e meu coração sente que é melhor ficar calada, e deixar que as dores se curem por si só, que as angustias cortem a garganta, pois depois disso elas vão embora, num disfarce de sorrisos.
Mas dentre todas as coisas, a que mais fere meu coração é saber que posso escrever milhões de palavras tem momentos que elas não comovem em nada, é impossível não me sentir insignificante, é impossível não sentir que não faço falta, as vezes mas isso é só as vezes, sinto que as pessoas se sentem seguras e por isso não tem medo de me perder, nem tão pouco medo de me magoar.
É difícil perceber, que minhas palavras não tocam alguns corações, e que a minha presença, ou simplesmente a minha voz é uma chatice sem fim, que um espaço é necessário nas entrelinhas.
É difícil encarar a realidade, mas eu continuo me iludindo, que um dia ainda serei importante, e quem sabe esperada com entusiasmo.
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