12 de dezembro de 2008

NOVOS ARES

Posso ate conferir alguns pensamentos, mas é certo que nenhum deles fazem o sentido que deveriam. Olhando aquelas nuvens escuras, em meio ao céu azul anoitecendo, parece-me o coração saltitar, em termos ate temo que todos percebam tal palpitação.
Algumas perguntas foram proferidas, mas todas negadas, pelo fato de não ser eu quem estragaria tal momento, mas não alegrou-me a certeza de um novo lugar, onde é meu sim, mas jamais poderia chamar de meu.
Continuava olhando aquelas nuvens, e por ser alto o local, parecia que consumiam pouco a pouco, vontade de voar, sentindo aquele vento forte bater em meu corpo, e ao mesmo tempo me arrepiava, por vezes de medo, outras de frio...
- Já não sei mais... Já não sei mais!
Gritava minha alma em prantos internos, tenho medo, mas tenho ânsia de chegar, apenas dizia incessantemente:
- Já não sei mais... Já não sei mais!
Como de costume já a esconder sentimentos, que apenas dos olhos ainda não conseguia disfarçar, e já não era de tudo tristezas e incertezas, mas era á cima de tudo esperança de uma vida nova e feliz quem sabe, em outro lugar, se não aquele, ou em outro ares, se não aqueles.
Dali me batia uma confusão de sentimentos e eu sabia o que significavam, isso era o que mais me incomodava, a certeza que tenho de algumas coisas, coisas essas que não sei exactamente, mas sei das certezas dentro delas.
Saí, quase que correndo para voltar ao refugio que me criei, como uma torre, ou como um paraizo, mas aqui me sinto mais calma, embora saiba que por pouco tempo.
Vivo agora uma nova esperança, e com muito menos culpa depois das incertezas incertas que me ocorreram poucas horas, a esperança de que sei também não é la o meu lugar, embora feito com tanto esmero, mas... meu coração sente, e meu coração infelizmente ou felizmente não sei, nunca se engana.

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