9 de fevereiro de 2008

Ficção, mais que real!

Era como uma manha estranha, o telefone tocou umas duas vezes mas lembro-me de não ter atendido, não sentia vontade de falar com nenhuma voz que não tivesse palavras sussurradas e doces para me oferecer.

Sentia ainda o gosto de sidra na boca e os meus pés ainda raspavam sentindo os pequenos grãos de areia que ainda se encontravam no meu corpo.

A sensação do que vivenciei horas antes daquele nascer do sol ainda encontrava-se em meu corpo, senti-me como um passarinho, o mais afoito de todos na verdade, daqueles bem jovens que ainda não conseguem voar alto, mas que já se arriscam a pular do ninho e bater as assas em direção ao céu.

Com dificuldade consegui abrir meus olhos, no começo parecia-me um vulto tão iluminado e cheio de graça que sinceramente achei que tinha mudado de plano e na minha frente encontrava-se um anjo de pele rosada com lindos cachos e olhos da cor do céu em dias onde o sol agrada-nos com sua presença. Aos poucos fui percebendo que não se tratava de um outro plano em si, mas com certeza se tratava de um anjo, o mais lindo que meus olhos já tiveram o prazer de fitar.

Senti com suavidade tocar minhas faces aquele anjo magnífico, aquela delicadeza e aquele perfume que vinha de seus cabelos macios faziam meu coração bater forte, senti um beijo em minha testa logo outro em meus lábios ainda adormecidos mas que com uma certa leveza quase subliminar retribuíram aquele carinho ao qual jamais em toda minha vida eu havia sentido.

O tempo foi passando e eu recusava-me a dizer palavra se quer, embora meus olhos naquele momento recitavam os mais longos e lindos poemas já lidos por dois corações apaixonados, jamais poderia querer sair daquele aconchego. Era como se eu quisesse ficar ali e nunca mais acordar ou enxergar coisa alguma na minha frente, sentia-me completa naquele momento.

Foi como viver uma história de ficção na realidade e perceber que aqueles beijos eram verdade, e que cada olhar e cada palavra dita não eram apenas escritos de crônicas insensatas e sonhadoras, elas partiam de um coração sincero e eternamente apaixonado, como se notas musicais aparecessem ao lado, mostrando que as canções são pouco e os versos quase nada para definir ou se quer expressar o que meu coração a partir daquele momento sentiu.

A vida não é feita de pequenas estrofes, nem tão pouco de versos de um soneto, mas existem momentos onde tudo parece poesia, esse momento é o momento chamado “AMOR”, nem todos encontram em suas vidas esse momento, mas quem o encontra entende o significado de viver, e principalmente lutar por essa pequena palavra com quatro letras, mas que no coração aparece como uma luz brilhante e intensa, que não existe dor, nem tão pouco caminhos que a apaguem, tornando tudo em poesia e verso, como se o mundo fosse feito disso, mesmo sabendo que está muito longe de ser.

Uma pequena ficção que dedico especialmente a pessoa que tornou minha vida uma poesia, fazendo com que cada dia novos versos sejam escritos, mas que o primeiro deles contem dentro do meu coração uma palavra que mudou o rumo de todos os caminhos e de todas as dores que já senti, trazendo paz e esperança a cada dia que posso olhar dentro daquelas duas pedrinhas do cristal mais luminoso que Deus já pode criar, e sentir que ali esta o sentido de toda minha vida. E essa palavra que : “Começa com L e termina com AMOR”, é o que mais tenho de precioso e constantemente apaixonado dentro do meu coração!!!

2 comentários:

Anônimo disse...

Humm mas que mel, to toda docinha agora auahuahuahauhauhaua...Você realmente escreve muito bem, muito lindo esse texto bjão

Molinha disse...

A meu amorzinho linduuuuuuuuuu
Essa noite � impossivel esquecer, alias esse feriado todo...
Foi maravilhoso..
E digamos que a lua foi uma grande companheira, que pintou o mais maravilhoso cen�rio.

Acho que nem em filmes teria um momento t�o precioso...
Amo mto vc minha vida...
Mtos beijos