Aprendendo a viver

Em vias de tempos malucos, posso constatar que sou mais certa do que eu mesma supunha, ou... Mais pirada do que eu poderia imaginar. Parece que as pessoas ao meu redor perderam o sentido das coisas, como se o mundo fosse feito de ilusão, acho que a brisa praiana não faz muito bem para algumas pessoas. Tornan-se um tanto quanto alienadas para algumas realidades que elas mesmas acreditavam estarem certas. Ou será que o mundo se tornou totalmente alheio a tudo que acreditavam? Não sei, não posso ter certeza de nada, apenas compreendo que ter uma venda nos olhos para o mundo é algo que faz muito mal quando Deus nos arranca o pano preto da frente, e nos mostra que não vivemos para julgar os outros, e sim para "amarmos uns aos outros", e isso deve doer!
Já estou psicologicamente, e posso dizer fisicamente satisfeita e preparada para enfrentar toda essa insanidade que chegará a algumas horas.
Acredito que na ânsia de acertar, as pessoas se esquecem de viver, não vivemos em um mundo onde as coisas podem ser totalmente planejadas, muitas vezes uma tarde de carteado é muito melhor do que planejar por horas um futuro que nem se sabe exatamente como será.
É impressionante como a vida é irônica, e ainda acho que ironia tem um tanto a ver com loucura, mas é tão engraçado e ao mesmo tempo consolador sentir-se vivo em um lugar onde jamais se imaginou rir tanto e se divertir tanto com coisas tão simples.

Um simples bolinho de batatas e uns bolinhos crocantes de polvilho podem ser uma forma de sentir -se no mundo, e ainda fazer uma coisa proibida, como se estivesse vivendo experiências da infância, afinal eram ambos fritos e isso em minha mente e criação materna é proibido. Mas é bommm...

Melhor ainda é sentir como se em plenos 20 anos pela primeira vez fosse criança e feliz realmente, pena não ter "rapa" da panela para raspar depois, mas o simples fato de apreciar o preparo da culinária alemã, e poder ajudar a colocar algumas daquelas "cobrinhas" na panela, me fez entender o que significa viver.
Nove, Rouba monte, Pontinho e vareta, são no mínimo um milhão de vezes mais sensato do que casa nova, venda de carro e ser dono de seu próprio negócio.